A Terminologia Correta na Inclusão: Uma Necessidade Fundamental

 

A linguagem é uma ferramenta poderosa. Ela não apenas nos permite comunicar ideias e pensamentos, mas também pode moldar a maneira como vemos e interagimos com o mundo. Quando se trata de inclusão, usar a terminologia correta é essencial. Neste artigo, vamos explorar a importância de utilizar a terminologia correta na inclusão, destacando as expressões-chave e guiando você através dos conceitos e definições mais relevantes.

1. Introdução à Inclusão

A inclusão é um conceito amplo que se refere à prática de garantir que todas as pessoas, independentemente de suas habilidades ou deficiências, tenham oportunidades iguais em todas as áreas da vida. Isso inclui, mas não se limita à educação, emprego, serviços sociais e direitos civis.

1.1. A importância da terminologia

A terminologia que usamos para falar sobre inclusão é extremamente importante. Palavras e frases podem ter um impacto significativo na maneira como percebemos e tratamos os indivíduos com deficiências. Usar a terminologia correta não apenas demonstra respeito e compreensão, mas também pode ajudar a promover a inclusão e a igualdade.

2. A Linguagem da Inclusão

Na busca pela inclusão, é essencial usar a terminologia correta. A linguagem que usamos reflete nossa atitude e posicionamento em relação ao assunto.

2.1. Expressões-chave

Existem várias expressões-chave que são frequentemente usadas ao se falar sobre inclusão. Por exemplo, a expressão “pessoa com deficiência” é preferível a termos como “deficiente” ou “portador de deficiência”, pois coloca a pessoa antes da deficiência, enfatizando que ela é, acima de tudo, um indivíduo.

3. Definições de Deficiências

Na inclusão, é essencial entender as várias deficiências e como elas podem afetar os indivíduos. Aqui estão algumas das definições mais comuns:

3.1. Deficiência Auditiva

A deficiência auditiva se refere à perda de audição bilateral, igual ou acima de quarenta e um decibeis (41 dB) ou mais, aferida por audiometria na média das frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

3.2. Deficiência Visual

A deficiência visual inclui várias condições, desde cegueira total até baixa visão, onde a acuidade visual é entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica.

3.3. Deficiência Física

A deficiência física pode variar amplamente, mas geralmente envolve a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, resultando em comprometimento da função física.

3.4. Deficiência Intelectual

A deficiência intelectual é caracterizada por um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas.

4. Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é uma parte fundamental da inclusão na educação. É um serviço prestado de forma complementar ou suplementar à formação do aluno, visando eliminar as barreiras que impedem a plena participação na sociedade e o desenvolvimento da aprendizagem.

4.1. Profissional de Apoio

O profissional de apoio, também conhecido como cuidador, oferece suporte aos alunos que precisam de assistência com atividades diárias, como alimentação e higiene. No entanto, o papel deles não é de natureza pedagógica.

4.2. Professor Interlocutor

O professor interlocutor é um docente que interpreta em Libras, a língua de sinais brasileira utilizada pelos Surdos brasileiros, os conteúdos ministrados pelos professores regulares nas salas de aula onde há alunos com deficiência auditiva e Surdos que usam a Libras como forma de comunicação.

5. Conclusão

A terminologia correta na inclusão é uma ferramenta vital para promover a igualdade e o respeito. Ao usar a linguagem certa, podemos ajudar a moldar uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todos. Lembre-se, a inclusão começa com a compreensão e o respeito – e isso começa com a linguagem que usamos.

Ao discutir questões de inclusão, é crucial usar a terminologia correta. A linguagem que usamos pode demonstrar respeito ou discriminação, mesmo que involuntariamente. Portanto, é vital utilizar os termos adequados, educar nossos alunos a fazer o mesmo e compartilhar essas informações com toda a comunidade educacional.

Referências

  1. Pública do Governo do Estado de São Paulo. (n.d.). Terminologia na Inclusão. 
  2. Lupinacci, L. (n.d.). A importância da terminologia correta na inclusão. 
  3. Blog da Verbo. (n.d.). A Linguagem da Inclusão. 

Bibliografia

  1. Secretaria de Educação de São Paulo. (n.d.). Resolução SE nº 61/14. 
  2. Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento. (n.d.). Definição de Deficiência Intelectual. 
  3. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. (n.d.). DSM-5. 
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